sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Cada vez que começa a voar alto 
Cortam sua asas 
Mas se você não pular do penhasco 
Se você não morrer hoje 
Não irá renascer amanhã
Então tente subir o mais alto
Para aproveitar o máximo do vento batendo em seu peito
Um adeus 
Apenas um último adeus 
As lágrimas sendo levadas pelo vento
Enquanto grita seus últimos pensamentos
A escuridão da noite te abraçar pela última vez
As folhas tocam seus dedos 
E tudo chega ao fim.

domingo, 2 de agosto de 2015

Tic Tac

Sombras e sussurros fantasmas e lembranças do passado
Noites não dormidas
Dias intermináveis
Um sorriso que se escurece a cada segundo
Episódios que não se repetem mais
Apenas um copo secando uma garrafa
Espero sempre no mesmo horário para nada acontecer
Um vulto do que já foi uma vida
O silêncio é quebrado pelo copo que se caí
Ninguém irá bater nessa porta
Tic tac tic tac, tic tac tic

No frio do inverno procuro ficar sozinho
Não quero me aproximar de ninguém
Não quero gostar
Talvez tenha medo
Mais me vem sua lembrança
Quero esta mais perto de você
Sei que talvez não deveria
As vezes fico pensando o por que desse receio
Me perco enfeitiçado com seu sorriso
Me perco não sendo eu mesmo totalmente
Me encontro querendo te procurar
Sei dos contras
Mais sei que me sinto bem ao teu lado

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Nostalgia 3

Então, eu vi as luzes se apagarem, as portas se fecharem e eu caído em meio à solidão
Tentei procurar alguma parede para me erguer, alguma cadeira, algo para me apoiar
Não havia nada lá alem de um imenso vazio, e o abraço da solidão doloroso e gelado
Gritei, chorei não havia ninguém por perto para responder, e mesmo se houvesse
Só iria querer escutar uma voz, a voz que me acalma
A sua voz chamando pelo meu nome, e me dizendo,
- Estou aqui, tudo ficará bem!
Assim o poeta quase morto iria suspirar e se erguer novamente sem medo
E aquelas flores que seriam jogadas ao meu velório, iriam ser oferecidas a mais bela moça.

Em Branco

Lapide em branco, sonhos despedaçados, botões a florescer
Listas em branco, lugar vazio no banco, lembrar de esquecer
Estava lá, em lua quase perfeita, quase eu vi, não era bem um parecer
Turbulenta mente vazia, por que não para de gritar? Voz que não existe
 Em um dia que a chuva não molha meu rosto abatido
Tenho tido pesadelos sem ao menos ter dormido
É como se fosse sempre noite, sem precisar anoitecer.



quinta-feira, 30 de maio de 2013

Ao Inverno


Essa noite foi de dor e agonia
Vi-me perdido em um caminho de sombras sem fim
Ao correr cai em um jardim de espinhos
O sol foi escondido, as flores arrancadas pela raiz
Essa manha fria e chuvosa com essa neblina sombria
Esta como meu peito que não consegue ver mais nada a frente
O vento me leva para lá e para cá
Como se não tivesse mais nenhum lugar a ir
As folhas molhadas forram o chão como um manto negro
Os pássaros se escondem ao frio vento
A noite tudo ira continuar, até o fim dos dias a vagar

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sem Toque





Pedaços que não podem ser colados
Não a como mudar o que aconteceu
Só sobrou um vazio no lugar
Que nada vai conseguir preencher
Polir a armadura, amolar as armas
Batalhas cobertas de puro sangue
Onde o vermelho não foi à cor preferida
Não deveria ter sido assim
Algo que nem o tempo poderá mudar
Sinto falta do seu toque
Da sua unha a arranhar
Às vezes me esqueço que tudo aconteceu
E que não a mais nada aqui
Para sempre estará guardado
Em um forte  gelo irei te conservar